sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Brasil precisa evoluir seu pensamento crítico


Existe um contraste no sistema eleitoral brasileiro da antigamente e hoje que impressiona. Se antes menos de 5% da população era responsável por eleger o governante do País, hoje temos um dos mais modernos sistemas eleitorais do mundo, eletrônico e com poucos escândalos de fraudes desde que foi instalado aqui.

Na eleição de Afonso Pena, por exemplo, em 1906, 1,44% da população brasileira votou. Os parâmetros sociais da época restringiam a população de exercer seu direito como cidadão e o Estado, muitas vezes, não fazia questão de mudar isso. 

Isso refletia, mesmo que inconsequentemente, na evolução econômica, social e intelectual do país. Como haveríamos de evoluir se mais da metade da população não era alfabetizada e não tinha noção da importância do voto para o futuro do Brasil? Sem dúvida, houve muitas formas de frear o desenvolvimento aqui, embora hoje tenhamos maior consciência e com uma política econômica e social um pouco melhor do que de tempos atrás. 

Um olhar ainda precisa ser voltado para fatores decisivos no Brasil. A educação é uma delas. Não dá para pensar em desenvolvimento sem pensar na educação. 

O Brasil é um país com pouco mais de 500 anos e precisa evoluir seu pensamento crítico. Ainda estamos longe disso, já que países como a Europa são muito mais antigos e desenvolvidos do que nós. Ter respeito político no mundo e fazer parte do BRIC não é o suficiente. 

Há quem diga que o Brasil, por ser um país teoricamente "novo", está se desenvolvendo rapidamente, tornando-se a 5ª economia do mundo, mesmo que sua situação geográfica seja uma das grandes responsáveis por isso, tendo uma democracia invejada e uma liberdade de imprensa também digna de elogios de outros governos. 

Mas aquele que argumenta, esquece que de nada adianta um desenvolvimento econômico, trazendo investimentos, emprego, renda, democracia, liberdade de expressão e até benefícios sociais se o povo não for capaz de evoluir seu pensamento e buscar se enriquecer, seja de qualquer maneira, por meio do seu próprio intelecto.

O Brasil, seu governo e nós mesmos precisamos investir mais nisso.