sábado, 16 de fevereiro de 2013

Penápolis, São José do Rio Preto e Marília já foram atingidos por meteoritos


O diário britânico The Guardian divulgou ontem um mapa que mostra todas as cidades do planeta onde pequenos meteoritos já caíram. Os meteoritos são divididos por cores de acordo com o tamanho em menos de 10 quilos, de 10 a 20 quilos, de 20 a 30 quilos, de 30 a 40 quilos ou mais de 40. No Estado de São Paulo, os municípios de Marília, São José do Rio Preto e Penápolis já foram atingidos por meteoritos com menos de 10 quilos, segundo o mapeamento do jornal. Não há registros sobre nenhuma massa que tenha atingido Araçatuba.

Segundo o periódico, as zonas mostram onde os cientistas localizaram partes de meteoritos, alguns deles que caíram na Terra há 2300 anos antes de Cristo. Os dados são da Sociedade Meteorológica dos Estados Unidos.

Os países que foram atingidos por mais vezes por meteoritos de tamanhos diversos, segundo o mapa, são Estados Unidos, México, Austrália, Chile, Marrocos e Austrália.

Às 9h20 (horário local, 1h20 em Brasília) de ontem (15), um objeto em alta velocidade foi observado nos céus de Chelyabinsk, na Rússia, deixando um grande rastro atrás de si. No prazo de dois minutos houve dois estrondos. A onda de choque quebrou vidros em Chelyabinsk em uma série de cidades da região. Segundo o governo russo, mais de 1100 haviam procurado atendimento médico e 48 delas precisaram ser internadas. Segundo o governo russo, 200 dos 1100 feridos são crianças.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

No Brasil, a Justiça tarda e também falha

Não há dúvidas que a Justiça brasileira é uma das mais demoradas do mundo. Processos demoram uma eternidade para serem julgados e uma condenação final ser anunciada. Mas o caso de Oscar Pistorius, na África do Sul, chamou a atenção pela agilidade e rapidez. O atleta paralímpico foi acusado de matar a namorada com quatro tiros. O caso aconteceu na quinta-feira (14) e hoje (15), um dia depois, já aconteceu sessão com a promotoria de Pretória. Na terça-feira (19), Pistorius vai falar sua versão do caso e o desfecho não deve demorar nem um mês para decretado.

A agilidade pode ser também fruto de uma pressão da imprensa internacional, já que Pistorius é o maior atleta paralímpico da África do Sul. Mas também mostra o quanto é ineficaz e lenta a justiça brasileira, se comparado com o Caso Bruno, acusado de assassinar brutalmente Eliza Samúdio, com quem teve um filho. Eliza desapareceu em 2010 e o caso segue sem uma condenação concreta para o goleiro Bruno até hoje. Os cúmplices do crime já foram julgados, mas Bruno segue preso até o julgamento para condenação, marcado para março deste ano.

Embora seja um país desenvolvido, a África do Sul está bem abaixo do brasil em termos econômicos e de influência com outras nações. Mesmo assim, a agilidade mostra que o país possui uma estrutura jurídica eficaz. Ao contrário da brasileira...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Papa é pop?

"O Papa é pop". A afirmação de Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros do Hawaii, em uma de suas músicas que fizeram sucesso nos anos 90 não se encaixa ao atual líder da Igreja Católica Apostólica Romana, Joseph Ratzinger, o Bento XVI. Na época em que a música foi lançada, o Papa ainda era João Paulo II, polonês dono de um carisma incontestável e que merecia a homenagem. Hoje há controvérsias.

Dono de uma personalidade mais fria e de poucas aparições representando a Igreja, Bento XVI assumiu o cargo em 2005 e despertou uma dúvida entre os seus fiéis à frente do Vaticano. Pelas manifestações nas redes sociais, é notório que a admiração pelo Papa não é unânime. A renúncia vem, segundo o Vaticano, porque Bento XVI está com idade avançada e não consegue mais exercer os compromissos da Igreja. Bento XVI hoje está com 85 anos. João Paulo II faleceu, em 2005, com 84 anos já com um estado de saúde precário.

Esse descontentamento da própria Cúria com seu líder pode ser traduzido em pesquisas recentes sobre religiões em todo o mundo. O evangelho têm crescido consideravelmente, ano após ano, em todo o planeta, enquanto o catolicismo perde fiéis a cada dia. Ninguém é culpado por uma mudança de ideologia coletiva de tamanha proporção geográfica, mas uma liderança ativa sem dúvida pode ao menos reduzir este ciclo.

É aceitável que Bento XVI tome a decisão de renunciar por não ter mais forças fisiológicas para exercer a função. Pode ser isso, mas também pode ser algo totalmente político e resultado de uma briga interna do Vaticano. Alguns jornais europeus afirmam que Bento XVI não mandava na Igreja há muito tempo e por isso decidiu renunciar. O clima, segundo a imprensa, era mesmo de fim de pontificado de alguns meses para cá. 

O fato é que a decisão do alemão não deixou todos os católicos entristecidos. A esperança, agora, é de que o próximo Papa venha com um pouco mais de contato com seu povo e que o carisma com seus fiéis seja maior. 

Dan Brown já pode "ressuscitar" e escrever mais um de seus livros enigmáticos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Para secretária de Agricultura do Estado, governo federal não tem uma política diferenciada para o etanol

Mônica Bergamaschi foi a primeira mulher a assumir a secretaria de Agricultura do Estado (Foto: Antônio Crispim)
Na tarde de ontem, a secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônica Bergamaschi, esteve em Araçatuba para palestrar e, segundo ela mesmo, "se aproximar do agricultor". Mônica é engenheira agrônoma e foi a primeira mulher a assumir a pasta, em 2011.

Entrevistei a secretária e ela afirmou que o país precisa de uma política diferenciada para o etanol, já que a produção do álcool é predominante no país e a exportação para outros países também move consideravelmente a economia local. "Nós não temos uma política diferenciada para o etanol que o incentive por ser uma energia limpa, renovável e que gera milhares de empregos", afirmou.

A crise da bioenergia também foi pauta na entrevista. Bem focada e consciente de suas palavras, Mônica considerou o aumento da gasolina necessário, mas menor do que o previsto para devolver a rentabilidade do setor. Em Araçatuba, alguns postos já operam vendendo o litro de gasolina por R$ 3.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Obrigar é a melhor forma de combater culturas negativas

Finalmente, o governo federal está elaborando projeto para regular a exploração de informações pessoas por sites e empresas físicas no país, fiscalizando e combatendo o uso de informações pessoais por outros veículos de informações sem a sua autorização pessoal. A proposta foi enviada no mês passado para a Casa Civil e deve chegar ao Congresso Nacional em breve.

O projeto pretende criar Conselho Nacional de Proteção de Dados, ideia que já antiga e que já está em funcionamento há muitos anos em países menos desenvolvidos que o Brasil e da própria América Latina como Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina. Este último, que tem uma legislação funcional desde 2000, poucos anos depois de a internet ser ingressada na vida cotidiana da sociedade.

Em 1995, a União Européia criou normas para proteger dados pessoas de seus cidadãos. A lei obriga empresas a informarem seus clientes caso seus dados sejam violados e proíbe que mensagens trocadas entre usuários sejam alvo de escuta e qualquer outro tipo de vigilância sob as comunicações.

O brasileiro está conectado a todo momento e as redes sociais, onde passa a maior parte do tempo, exige milhares de informações pessoais que até então estão desprotegidas. O acesso às informações pessoais de qualquer cidadão sem nenhum tipo de legislação faz com que a cultura do brasileiro sinta-se acostumada a promover ações negativas a ele próprio.

Como ainda não há nenhuma legislação no Brasil, grandes sites como Facebook e Google aproveitam essa "liberdade" para trazer o internauta para mais perto deles. Exemplo disso são as lojas de comércio eletrônico, que direcionam avisos publicitários com base em dados pessoais. Aquela camisa bonita que você viu minutos antes em um site de compras sempre aparece nos links patrocinados de outro site. Tudo isso são propaganda baseadas nos seus acessos mais recentes. O CNPD deve pedir autorização para que isso aconteça depois da regulamentação.

Porém, mesmo com um novo passo na tecnologia brasileira e uma norma que vem para beneficiar a privacidade e os direitos da sociedade, todos os novos termos deverão estar registrados no ato de cadastro em sites comerciais ou de redes sociais que a gente clica em "concordo" sem ler uma linha. Essa é uma das culturas que precisam ser alteradas no Brasil.

*Este texto foi produzido com base nas informações das reportagens do jornal Folha de S. Paulo