segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Papa é pop?

"O Papa é pop". A afirmação de Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros do Hawaii, em uma de suas músicas que fizeram sucesso nos anos 90 não se encaixa ao atual líder da Igreja Católica Apostólica Romana, Joseph Ratzinger, o Bento XVI. Na época em que a música foi lançada, o Papa ainda era João Paulo II, polonês dono de um carisma incontestável e que merecia a homenagem. Hoje há controvérsias.

Dono de uma personalidade mais fria e de poucas aparições representando a Igreja, Bento XVI assumiu o cargo em 2005 e despertou uma dúvida entre os seus fiéis à frente do Vaticano. Pelas manifestações nas redes sociais, é notório que a admiração pelo Papa não é unânime. A renúncia vem, segundo o Vaticano, porque Bento XVI está com idade avançada e não consegue mais exercer os compromissos da Igreja. Bento XVI hoje está com 85 anos. João Paulo II faleceu, em 2005, com 84 anos já com um estado de saúde precário.

Esse descontentamento da própria Cúria com seu líder pode ser traduzido em pesquisas recentes sobre religiões em todo o mundo. O evangelho têm crescido consideravelmente, ano após ano, em todo o planeta, enquanto o catolicismo perde fiéis a cada dia. Ninguém é culpado por uma mudança de ideologia coletiva de tamanha proporção geográfica, mas uma liderança ativa sem dúvida pode ao menos reduzir este ciclo.

É aceitável que Bento XVI tome a decisão de renunciar por não ter mais forças fisiológicas para exercer a função. Pode ser isso, mas também pode ser algo totalmente político e resultado de uma briga interna do Vaticano. Alguns jornais europeus afirmam que Bento XVI não mandava na Igreja há muito tempo e por isso decidiu renunciar. O clima, segundo a imprensa, era mesmo de fim de pontificado de alguns meses para cá. 

O fato é que a decisão do alemão não deixou todos os católicos entristecidos. A esperança, agora, é de que o próximo Papa venha com um pouco mais de contato com seu povo e que o carisma com seus fiéis seja maior. 

Dan Brown já pode "ressuscitar" e escrever mais um de seus livros enigmáticos.

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